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quinta-feira, 30 de abril de 2009

ESTE É O CARA!!!!!


“DE VOLTA AO BARALHO”, A NOVA MARCA DO GOVERNO ROSEANA SARNEY.


“De volta ao Baralho”. Esta é a nova marca do Governo do Estado, agora sob o comando da governadora eleita pelos ministros do STF, Roseana Sarney (PMDB). Criada pela Empresa Pública de Comunicação – mas parece Privada, leva quem da mais -, a imagem tem como ponto forte o slogan da senadora pif-paf, o qual remete ao vício jogatinoso da filhinha de pai do Sarney nas mesas de carteado de Brasília e Las Vegas. Essa logo marca é do BARALHO!!!!!
Além da logomarca, surgem também, daqui em diante, novos nomes que serão designados à tapetoníssima governadora Roseana Sarney:
Governadora Biônica - o termo biônico remete à época da Ditadura Militar, onde os generais indicavam os mandatários, sem qualquer legitimidade no voto popular;
Governadora de Proveta - o termo remete à geração artificial, cujo mandato foi feito em vitro e a “zeros graus”;
Governadora Pif-Paf - em referência à “preferência” da governadora pelos jogos de baralho;
Governadora Sarney - o sobrenome é para reforçar que a mesma é herdeira de José Sarney, ao contrário do que procura negar quando declara não querer mais sua imagem ligada a do pai.

Almoço

Na recepção, ontem, o delegado Cutrim recebeu a visita do seu colega de parlamento, João Batista, que apesar de ter sentado ao lado do Ildon Marques, Cel. Ventura e do próprio Cutrim, quando observou a chegada dos fotógrafos, saiu de fininho. O que teria acontecido, medo de aparecer ao lado dos líderes regionais do grupo Sarney? acho bom sair de cima do muro

Ressaca

Nessa data, há exatos 25 anos, o Brasil amanhecia com a maior ressaca cívica de sua história. Por uma margem de apenas 22 votos, a emenda do deputado Dante de Oliveira, mais conhecida como a emenda das Diretas-já, era rejeitada, sepultando o sonho de milhões de cidadãos brasileiros que saíram às ruas em todo o país durante vários meses reivindicando o direito de eleger o presidente da República.

Fora

"Não tenho pretensão política alguma. Já temos muitos políticos na família." Palavras de Paulinha Lobão, ao desmentir as informações de que será candidata a deputada federal. Ela é esposa do senador Edison Lobão Filho. rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs

Na muda

Por onde anda o ex-prefeito Jomar Fernandes (PT)? Depois da cassação de Jackson Lago, o petista sumiu. Está mais calado do que Curió na muda. Jomar teve tudo na mão para se tornar uma grande liderança política-eleitoral na região. Mas não soube aproveitar a oportunidade. Fez uma administração desastrosa e o resultado foi a vergonhosa participação nas eleições municipais do ano passado. Ficou em quarto lugar. Será que terá coragem de ser candidato a deputado em 2010?

terça-feira, 28 de abril de 2009

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS MULHERES SEGUNDO PAULINHA LOBÃO‏


1. Decorar com motivo felino (onça ou tigresa) todo o gabinete e salas das assessoras (que por sinal serão as dançarinas do ALGO MAIS) da SEMU;
2. O I PEPM – antes, I Plano de Políticas para as Mulheres do Estado do Maranhão, agora passará a ser o I Plano Especial de Políticas para Matrimônios - como arranjar um excepcional e lucrativo casamento;
3. Implantar e garantir o Bolsa Chapinha;
4. Instituir o salão popular;
5. Assegurar a implantação de luzes e balaiagens em todas as servidoras públicas estaduais;
6. Criar e apoiar os programas de lipoaspiração e botox na rede pública de saúde (Socorrões);
7. Promover campanhas estaduais para estimular o uso correto do silicone;
8. Implantar o Projeto de Lei XXX, que estabelece a obrigatoriedade de cursos profissionais de maquiagem definitiva;
9. Promover e fortalecer as atividades no mercado de trabalho para pretensas dançarinas de programas de tv;
10. Promover e estimular a formação continuada para comportamentos sensuais e exóticos das mulheres;
11. Assegurar a construção e funcionamento de academias em todos os 217 municípios maranhenses que trabalhem e estimulem o culto ao corpo feminino perfeito à preços populares de 1 real ao mês;
12. Implantar e implementar o Estatuto da Mulher Objeto.
13. Projeto de incentivo a cultura popular ludovicense com a distribuição gratuita de milhares dos seus CDs gravados, que ficaram aos montes estocados nas lojas, como forma de desenvolver a técnica “quem canta seus males espanta”, plagiada da apresentadora Xuxa, e usufruir dos benefícios psico-sociais que o canto da protótipo de apresentadora infantil Paulinha Meneghel oferece.

SECRETÁRIO “QUERIDINHO” DO “CARCARÁ” É RECHAÇADO PELA JUVENTUDE


O secretário de esporte e de juventude do atual governo de quatro votos recebeu a sua primeira rejeição da juventude do Maranhão.
Apesar de confirmar a sua presença para o encontro do fórum estadual de juventude que foi realizado no município de Morros, o homem forte do vice 90% João Alberto não teve coragem de enfrentar a juventude de todo o Maranhão. diferente do ex secretario weverton rocha que compareceu no evento e ainda teve momentos de recreação com a juventude ali presente.
Para piorar a relação que nunca existiu com os legítimos movimentos de juventude o atual secretário não compareceu e enviou para tumultuar a reunião a sua claque de estudantes do bom preço comandados pelo velho Rui Pires.
A decisão dos movimentos de juventude rechaçou a tentativa de desmobilização do encontro e ainda venceram a candidata Ana Paula imposta pelo governo da Roseana para ocupar a vaga da sociedade civil no conselho estadual de juventude.
A candidata Ana Paula, velha conhecida do vai quem da mais e que trabalha com o prefeito Luis Fernando de São José de Ribamar saiu chorando do encontro após perder feio para o militante juvenil Ariston Campos.
Parece que a Roseana e o Roberto Costa vão ter que aprender a respeitar os movimentos sociais e os conselhos estaduais. Justiça seja feita a Roseana nunca precisou dos movimentos sociais, somente da justiça.

RICARDO MURAD, O REI DA FALÁCIA!!!!


O sempre falastrão deputado Ricardo Murad, agora secretário de saúde no governo da segunda colocada Roseana Sarney Murad, anda anunciando aos quatro ventos usando a mídia da oligarquia para “denunciar” que encontrou um verdadeiro caos nessa área.
Também aproveitou para dizer que o hospital dos servidores do estado, mais conhecido como Hospital do IPEM, está caindo aos pedaços e que tudo é culpa da administração do governador Jackson Lago.
Como sempre, na ânsia de “aparecer” Murad acaba metendo os pés pelas mãos, pois antes de se portar como paladino da honestidade, coisa que não é, e sair falando cobras e lagartos de adversários políticos, deveria lembrar que ele próprio responde na justiça por desvio de verbas públicas, malversação e superfaturamento de obras, no período em que foi gerente metropolitano do governo José Reinaldo, e que por conta disso acabou demitido.
Também deveria lembrar que os problemas existentes no Hospital do IPEM, não começaram no governo Jackson Lago, e sim no primeiro governo de sua cunhada Roseana que juntamente com o secretário de administração Luciano Moreira, que está de volta para comandar novamente a pasta, entregaram o hospítal “aos cuidados” da fundação pró-saúde, que abocanhava cerca de 500 mil mensais, priorizava o atendimento aos planos de saúde relegando a segunda plano os servidores do estado, que por direito devem sempre ter atendimento preferencial.
Só quem não conhece Ricardo Murad, se deixa levar por sua fanfarrice e acredita em seus discursos mentirosos.

Rachado

Está marcada para amanhã uma reunião do PSB. Será discutida e definida a posição do partido em relação ao novo governo. Há uma briga no partido. O deputado Ribamar Alves não reconhece a nova Executiva Estadual do PSB e se posiciona contra a convocação feita pelo presidente Antonio Almeida. Se depender da vontade de Ribamar, claro que o PSB definirá pela oposição ao governo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

TA DOMINADO TA TUDO DOMINADO!!!!




No Maranhão, para onde se olha há uma rua, uma ponte ou uma obra pública que homenageia os membros da família Sarney

 

O autoelogio, aliás, é uma compulsão familiar. Apesar de ser proibido colocar nomes de pessoas vivas em obras, ruas ou praças, no Maranhão só dá Sarney. O nome está em avenidas, pontes, hospitais, escolas, bairros, na sede dos tribunais de Contas e de Justiça e até na rodoviária. Se considerado o estado todo, são mais de 400 homenagens a Sarney e seus parentes. O caso mais esdrúxulo é o de Fernanda Sarney, a netinha do ex-presidente, que, aos 6 anos, viu seu nome ser usado para batizar uma escola recém-inaugurada na cidade de Bom Jardim. Como diria Orson Welles, tudo é verdade.

Não que a vida dos maranhenses tenha mudado na gestão do recém-defenestrado Jackson Lago. Seus dois anos de governo foram de inoperância total, e o nepotismo alcançou o paroxismo. Ele chegou a ter 23 parentes no governo, incluindo a mulher, Clay, que era sua secretária particular. “A diferença é que os meus parentes recebiam salários modestos”, disse ele a VEJA. Ah, bom… Para a população, tanto fez como tanto faz. “Ouvi falar que o Jackson saiu e que a Roseana voltou, mas para mim não tem diferença”, diz Íris Brito Dias, de 36 anos, que sustenta quatro filhos com os 250 reais por mês que obtém com a coleta de mariscos na periferia de São Luís. “Já votei tanto nele como nela, mas a nossa vida nunca mudou.” Já a dos Sarney, sempre dá para melhorar.

Roseana responsáveis pela miséria do MA


TAL PAI, TAL FILHA Sob o domínio dos Sarney, o Maranhão não é diferente do da época do padre Antonio Vieira. É o estado do M de mentir: mentir com palavras, com obras, com pensamentos; 

José Sarney (acima, em foto de 1967) e Roseana (no outdoor pichado, à esq.): a acreditar neles, o estado até parece a Suécia social-democrata

 

A população do Maranhão está outra vez sob velha direção. Roseana Sarney, herdeira da mais antiga oligarquia política vigente no país, assumiu o governo do estado pela terceira vez. Ela não voltou ao poder nos braços do povo, mas por determinação da Justiça. O Tribunal Superior Eleitoral entendeu que Jackson Lago, que ocupava o cargo de governador, cometeu inúmeros abusos durante a campanha eleitoral de 2006 e cassou-lhe o mandato. Roseana ficou com a vaga porque foi a segunda colocada na eleição. Depois de tomar posse, prometeu cortar gastos, moralizar a administração pública e trabalhar duro para melhorar a vida das pessoas. Seria ótimo, se não soasse como piada várias vezes recontada. O clã Sarney manda e desmanda no Maranhão há cinquenta anos. Dos treze últimos governadores, apenas dois – incluindo Lago – foram eleitos fora de sua órbita de influência. Apesar de hoje ser senador pelo Amapá, José Sarney continua dando as cartas no estado. O resultado desse domínio é visível a olho nu: a família Sarney está milionária, mas o Maranhão lidera o ranking brasileiro de subdesenvolvimento.

O ciclo dos Sarney começou em 1955, quando José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, então com 25 anos, foi eleito deputado federal. Ele adotou como sobrenome o nome do pai, Sarney Costa, que era desembargador, pois todos o conheciam como “Zé do Sarney”. Jovem, afeito à literatura e ligado a rodas intelectuais, vendia a ideia de que poderia oxigenar a caquética política maranhense, comandada havia vinte anos por Victorino Freire, um dos muitos coronéis do Nordeste. Sarney conseguiu se eleger governador pela primeira vez em 1965. Quando assumiu, fez o exato oposto do que havia prometido – e o Maranhão apenas trocou de coronel. Daí para a frente, ele nunca mais largou o osso. No regime militar, consolidou sua liderança e solapou a oposição local. Na democracia, chegou à Presidência da República por meio de um golpe – dessa vez do destino, com a morte de Tancredo Neves. Nas administrações federais que se seguiram, manteve a coerência. Ou seja, se há governo, é a favor. Agora, aos 79 anos, voltou a ser presidente do Senado. É um patriarca sem outono à vista.





Paulinha balança, mas ainda não cai no governo Roseana

A apresentadora  Paulinha Lobão pode ser a primeira baixa no governo Roseana Sarney, Ela não estaria  encontrando técnicas envolvidas com a questão da mulher para trabalhar em sua pasta. Da competente equipe anterior comandada por Lurdes Leitão, ninguém aceitou o convite feito pelo nova secretária para continuar no cargo.

Outro problema enfrentado por Paulinha foi o baixo orçamento da pasta de apenas 900 mil reais por ano e o objetivo da secretaria. Ela acreditava que a sua função seria assistencialista, o que permitiria praticar boas ações, com o glamur necessário. 

 Até o final da manhã, já era dado como certo a sua saída, com a desculpa que não estava conseguindo conciliar as atividades de secretária com as de apresentadora, função que ela não pretende abandonar. Mas por volta das 15 horas, a situação se inverteu e, segundo contam, ela teria decidido por continuar. rsrsrsrsrsrsrsrsrsrrs

Avião cai em lagoa no bairro Bacuri em Imperatriz


Um avião pertencente ao Aeroclube de Imperatriz, modelo Aeroboero, monomotor de prefixo PP-FLL, caiu ontem, por volta das 16h45, em uma lagoa situada no final da rua General Gurjão, nas proximidades da rua Godofredo Viana. Em poucos minutos, centenas de curiosos chegaram ao local, logo evacuado pela rápida ação da Polícia Militar. A área, localizada no Bacuri, poderia ser palco de uma tragédia pela alta densidade de famílias residentes no local. Tudo indica que a perícia do piloto, em buscar a lagoa, área isolada, evitou um acidente de grandes proporções.

Moradores afirmaram que foram surpreendidos pelo ruído do avião, que voava baixo, o que sugere a tentativa de um pouso forçado. A reportagem apurou que duas pessoas ocupavam a aeronave, o piloto José Maria e a presidente do Aeroclube de Imperatriz, a médica Hilma.

Para o local, acorreram o SAMU, acionado pelo 192, o Corpo de Bombeiros, além de uma equipe da Infraero. Apesar da preocupação de funcionários do Aeroclube em retirar o combustível do avião, não houve risco de explosão.

Funcionários do Aeroclube que cuidavam do resgate, afirmaram que a aeronave encontrava-se em manutenção e que o vôo era justamente para checar suas condições reais. Problemas mecânicos teriam ocasionado a pane que levou o piloto a buscar o pouso forçado.

Na descida, ao bater na cerca de arame farpado, o piloto perdeu totalmente o controle, com o avião ficando virado, inclusive com um dos pneus sendo jogado metros adiante.

O piloto teria quebrado uma das clavículas e a passageira, Hilma, nada teria sofrido. 

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Petista é punido com suspensão por a ceitar compor Governo Roseana

A ida do petista José Antônio Heluy para o secretariado de Roseana Sarney (PMDB) continua rendendo polêmica dentro do PT, A Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores do Maranhão, reunida na noite da última segunda-feira (20) decidiu suspender a filiação de José Antonio Heluy e desautorizar a participação de qualquer petista no governo da ex-senadora. Também foi deliberado a abertura de processo contra o Secretario Estadual de Trabalho e Economia Solidária na Comissão de Ética do partido, assegurando-lhe a ampla defesa e o contraditório. Votaram pela suspensão do petista, o deputado federal Domingos Dutra, presidente do diretório estadual do PT, Terezinha Fernandes, ex-ocupante da secretaria assumida por José Antônio e outros integrantes da legenda que fizeram parte da equipe de governo de Jackson Lago e integram a direção do partido, como Márcio Jardim, Ricardo Ferro, Franklin Douglas e Silvio Bembem.

Joaquim Barbosa acusa Gilmar Mendes de ‘destruir a credibilidade da Justiça’

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa bateram boca durante uma sessão nesta quarta-feira na mais alta corte do país.
O ministro Joaquim Barbosa acusou o presidente do STF de estar “destruindo a credibilidade da Justiça brasileira”.
Os ministros debatiam uma ação que já havia sido julgada no Supremo em 2006, referente ao pagamento de previdência a servidores do Paraná.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Prefeitura inicia recuperação da rua Piauí

Uma das principais vias de acesso ao Centro da cidade, a rua Piauí, no trecho entre 13 de Maio e Gonçalves Dias, começou a ser recuperada pela prefeitura. Ontem, o local amanheceu com a presença dos homens e máquinas da Operação Mãos à Obra.
Segundo prevê o engenheiro civil e secretário da municipal da Infraestrutura, Roberto Alencar, em no máximo 15 dias aquele setor será entregue totalmente recuperado e em condições normais de trafegabilidade.
Conforme o secretário, a orientação do prefeito Madeira foi que no local fosse realizado um trabalho que não se limitasse a um simples tapa-buraco, até porque, diz Roberto, não resolveria o problema. O trecho tem problema sério de drenagem, o que faz com que esteja sempre alagado, prejudicando a fixação do asfalto e favorecendo o surgimento de crateras.
Para acabar com o problema do alagamento, a Infraestrutura iniciou um trabalho de drenagem profunda com a instalação de pelo menos 200 metros de tubos a partir da esquina da Rua 13 de Maio com a Maranhão.
“O prefeito Madeira determinou que aqui seja realizado um trabalho de qualidade e que acabe de uma vez com esse problema que tanto transtorno causa aos motoristas e moradores dessa área”, disse o secretário Roberto Alencar

Pastas da Mulher, Igualdade Racial e Juventude podem ser fundidas

Confirmada para hoje à tarde a posse dos novos secretários do Governo Roseana sarney. Informações apuradas por equipe de reportagem dão conta de que as pastas da Mulher, Igualdade Racial e da Juventude podem ser fundidas em uma só secretaria, que tratará das questões etárias, de gênero e de raça. A secretaria de Cidades e Infraestrutura será desmembrada em duas. Existe ainda a possibilidade de Esporte ter novamente pasta própria.
se isso acontecer a juventude esta voltando a estaca zero.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Um governo ilegítimo

Foi esquisito ver a posse de Roseana Sarney. Ela estava nervosa e insegura, com aquele esgar estranho na boca, que a caracteriza quando não está à vontade com o seu papel. Ela sabe o que a maioria do povo maranhense pensa de sua posse, no tapetão, palavra odiosa que pressupõe direitos tirados de alguém de maneira ilegítima. Representando um papel, ela fez um discurso lido, como sempre, no qual repete banalidades antigas.
Também era demais, para quem passou 8 anos no governo e deixou o estado no último lugar do ranking de desenvolvimento social brasileiro ter condições de prometer alguma coisa à sério. E depois assistir à Fundação Getúlio Vargas divulgar que em meu governo o Maranhão foi o terceiro estado que mais se desenvolveu no país. Só fazendo "cara de paisagem", mesmo.
Uma coisa, porém, já dá para perceber pela divulgação do secretariado. Ela desistiu das loucuras da "reforma administrativa" que fez no seu desastrado governo, quando acabou com a Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio, Ciência e Tecnologia, etc, além de não criar uma Secretaria de Meio Ambiente, entre outras irresponsabilidades.
Na verdade, soa como uma grande incoerência, pois ela usou todo um sistema de mídia para dizer que aquilo era o mais importante e modernizador projeto de administração pública do Brasil. E agora se apressa a nomear secretários para essas pastas. Mudou de idéia caladinha, sem fazer comentários...
Seu governo paga pelos pecados de não ter sido eleito pelo povo. Não pode nem dizer, como seu pai o fez há mais de quarenta anos: "recebo na praça pública o direito de governar o Maranhão, direito que me foi dado pela vontade soberana do povo". Ao contrário, o povo a reprovou no voto, mesmo com todo o seu império de mídia, que tudo fez para elegê-la. Venceu nos tribunais, longe do povo, pelo voto de 4 ministros, em uma decisão conseguida com custosa maioria, polêmica, assumindo à revelia do que dispõe a Constituição do Estado, que manda fazer novas eleições. Assoma-se mais uma vez, atualíssima, a matéria da revista britânica The Economist, que classificou o todo poderoso senador José Sarney como o "senhor semi-feudalista", pelos usos de expedientes para tomar o poder, em típico ato patrimonialista oligárquico, como caracterizou Raimundo Faoro, em seu clássico livro "Os Donos do Poder". O Brasil ali retratado ainda é o de hoje, para alguns!
Sarney mais uma vez dá provas de que é um dos homens mais poderosos do Brasil. Manda em presidentes e quando precisa lança um charme enorme para aqueles que não gostam dele, usa de boa prosa e se mostra um amigável solucionador de problemas. Poucos resistem. O charme vem em grande parte por ter ocupado a Presidência da República, é imortal da Academia Brasileira de Letras, e, principalmente, pelos favores que fez quando exerceu as presidências da República e do Congresso Nacional. Pena que nunca usou esse poder tão grande para beneficiar o estado trazendo, para cá projetos grandes o bastante e estruturantes, para tirar o Maranhão da pobreza e do atraso. Usou todo esse poder em benefício próprio e da sua família. Ao Maranhão, apenas a postura do grande déspota, mantendo as condições para que continue a dominar o seu território. Foi como procedeu, ao impedir que Lula visitasse o estado e trouxesse benefícios, e ao impedir que a siderurgia viesse para cá.
Por falar em Lula, a governadora Roseana Sarney já fala em sua vinda ao Maranhão. Isso seria sem dúvida alguma uma bofetada na cara dos maranhenses dada pelo presidente. Deixaria muito claro que não tem o menor apreço pelo povo do Maranhão que lhe deu tantos votos. A sua vinda, agora, significaria que só tem apreço pela família Sarney e não pelos maranhenses.
Como o governo não foi eleito pelo povo, não há compromissos políticos; há dívidas. Todos os que participaram da elaboração do processo de cassação estão aquinhoados, sejam advogados ou a turma do "faz-tudo". Os irmãos Murad, Ricardo e Jorge têm participação especial. Tomaram conta e se enfrentaram dividindo o governo. Ricardo indicou metade do governo, ele mesmo para a Secretaria da Saúde, e Jorge indica a pessoa que vai administrar o orçamento, o dinheiro do governo, a Secretaria de Planejamento.
E já estão planejando a revanche contra seus adversários... Vamos denunciar todos os atos de revanchismo e ódio que pretendem fazer.
Vamos ser "fiscais dos Sarney". E o pior é que, de acordo com as pretensões que já divulgaram, o Maranhão cedo voltará aos indicadores sociais de 2002.
'Eita', oligarquia! O Maranhão precisa demonstrar que não aceitará mais tanta irresponsabilidade.

Foto do pai José Sarney vira ‘constrangimento’ para governadora


Apontada pela oposição como expoente de uma oligarquia que comanda há mais de 40 anos o Maranhão, a nova governadora do Estado, Roseana Sarney (PMDB), quer dissociar sua imagem da figura principal do clã: o pai e presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Num movimento pensado, o senador não apareceu ao lado de Roseana em nenhuma das solenidades de posse e diplomação, na sexta-feira. Roseana não quer ser fotografada ao lado de imagens de Sarney, espalhadas pela casa no Calhau, bairro de São Luís. “Quero que me deixem governar. Que parem de dizer que sou de oligarquia”, disse ontem, demonstrando contrariedade quando o Estado fez a foto que ilustra esta reportagem.
Para mostrar que tem vôo político próprio, a governadora lembra que foi a deputada mais votada do Estado, foi eleita duas vezes governadora, foi pré-candidata à Presidência, além de senadora. Alega que Sarney não faz política há anos no Maranhão e que sequer conhece os prefeitos. “A oposição só tem esse discurso: dizer que não faço nada, que vou roubar aqui, mas vou me esconder atrás dessa oligarquia”.
A estratégia de tentar descolar sua imagem da de seu pai faz parte do marketing para a sua campanha à reeleição, no ano que vem. Em 2006, um dos motivos apontados para sua derrota foi a vinculação com o clã do Sarney. Às vésperas do segundo turno, uma onda contra a família Sarney tomou conta do Estado, levando Roseana à derrota. “Tenho pai que tem nome nacional, assim como vários outros filhos têm. E isso nunca atrapalhou a ninguém”, diz ela.

JULGAMENTO DE ROSEANA SARNEY NO TSE ESTÁ CADA VEZ MAIS PRÓXIMO


Após a guerra judicial dos últimos dias, que terminou na saída de Jackson Lago (PDT) do governo do Maranhão, está cada vez mais próxima a vez da governadora Roseana Sarney (PMDB) enfrentar julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela é acusada de abuso de poder econômico e de ter pago as despesas eleitorais da coligação União Democrática Independente, formada pelo PSL e PTC, no pleito de 2006. O relator do agravo de instrumento (AI) 10625, ministro Eros Grau, já tem em mãos o parecer da Procuradoria Geral Eleitoral (PGE), que pede o desprovimento do recurso.
Ou seja, apesar de o procurador regional eleitoral do Maranhão, Juraci Guimarães Júnior, em 13 de abril de 2007, pedir a inelegibilidade de Roseana por três anos, o vice-procurador eleitoral, Francisco Xavier, afirmou que não existem provas suficientes para condenar a peemedebista. “Falta produção de provas a cargo dos agravantes”, escreveu o representante do Ministério Público Eleitoral (MPE). A denúncia, que acabou não sendo aceita pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) na época, foi feita pelo candidato a governador em 2006 pelo PSDB e sobrinho do ex-governador, Aderson Lago, e pelo candidato a deputado pela coligação União Democrática, Celso Augusto Ribeiro.
No parecer, o representante do MPE diz também que, na acusação, está “ausente a comprovação da finalidade dos recursos, a caracterizar o abuso alegado”. De acordo com os denunciantes, o dinheiro foi usado em troca do apoio político dos três partidos e faz parte da prestação de contas da então legenda da senadora, o PFL, hoje DEM. Além disso, cartazes com a foto da senadora e então candidata ao governo junto com o nome dos deputados da União Democrática também são usadas no agravo.
Xavier ainda aponta que existe um problema processual. Ele diz que Aderson Lago e Ribeiro deveriam ter entrado com um recurso ordinário, e não com um agravo de instrumento. O vice-procurador eleitoral, inclusive, qualifica a opção como “erro grosseiro a impedir o benefício da fungibilidade”. Fungibilidade significa, no conceito jurídico, a substituição de uma coisa por outra. Ou seja, os ministros até poderiam receber um recurso como outro tipo jurídico, como um embargo, por exemplo, fato comum na Justiça Eleitoral. Entretanto, a PGE é contra isso.
Trâmite – Depois da entrega do parecer da PGE, Aderson Lago chegou a pedir, em 3 de abril, que o AI fosse julgado com urgência, e que fosse feito até a mesma sessão que julgasse os embargos à decisão do TSE sobre o Recurso de Expedição de Diploma (RCED) 671. Entretanto, na última quinta-feira (16), a corte eleitoral analisou os recursos do ex-governador e não a peça jurídica contra Roseana.
No mesmo dia, o advogado da peemedebista, Vinicius Cesar de Berredo Martins, pediu a entrada de novos documentos no processo, além de retirar os autos para vista. Como a decisão só foi publicada no Diário da Justiça de 14 de abril, a peça só voltou às mãos do relator Eros Grau na última sexta-feira (17). O site tentou entrar em contato com Martins, mas não obteve resposta. No processo, o advogado afirmou que “a defendente não dispõe de tempo para ocupar-se com a propaganda eleitoral que é realidade em seu nome, e muito menos com a que é produzida pelos candidatos a deputado estadual e federal, integrante ou não de sua coligação”.

Secretário nomeado por Roseana está na lista da farra das passagens da Câmara

O secretário de Ciência e Tecnologia nomeado por Roseana Sarney (PMDB) para o governo do Estado, deputado federal Waldir Maranhão (PP), está na lista dos deputados federais que usaram a cota de passagens da Câmara dos Deputados para enviar parentes ao exterior.
Waldir Maranhão emitiu três bilhetes aéreos para Londres, entre dezembro de 2007 e setembro do ano passado. Os beneficiários foram Gabriela e Carlos Roberto Paschoal e Paulo Santos.
A informação consta de matéria publicada pelo jornal "Folha de São Paulo", que não conseguiu localizar o deputado para explicar o caso.
Dos 18 deputados que usaram a cota para 20 ou mais voos, cinco são do Ceará e três da Bahia. A lista dos campeões também inclui São Paulo e Rio de Janeiro (dois deputados de cada um desses estados) e ainda Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Pará. Entre os 18, há apenas uma mulher.
Do Maranhão constam entre os campeões o deputado Pedro Fernandes (PTB), cujo irmão Afonso Ribeiro, também foi nomeado por Roseana Sarney para a Secretaria de Agricultura e Pesca do Estado.
Os deputados Sarney Filho (PV) e Cléber Verde (PRB) também estão na lista dos líderes que usaram passagens aéreas para enviar familiares para o exterior, pagas pela Câmara dos Deputados. QUE FARRA BOA!!!

Petistas no governo

O PT maranhense é contra a governadora Roseana Sarney, mas pelo menos um petista já está no governo. José Antonio Heluy, filho da deputada Helena Heluy, é o secretário de Trabalho e Economia Solidária. A pasta, no governo Jackson, era comandada também por uma petista, Terezinha Fernandes. Outro petista deve ocupar a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, a ser criada.

PF prende homem acusado de tentativa de extorsão


A Polícia Federal prendeu ontem (20), por volta de 11h30, o mecânico de bicicletas Silas Bezerra, que é acusado dos crimes de tentativa de extorsão e falso testemunho. Silas Rodrigues foi preso quando se encontrava no gabinete do vereador Rildo Amaral, que seria a vítima de extorsão.
O vereador Rildo Amaral (PV) disse a O PROGRESSO que no último sábado foi procurado por Silas Rodrigues, que lhe disse que é testemunha de acusação em um processo movido pelo ex-vereador Nival Coelho contra ele, o qual deverá ser julgado nesta quinta-feira (23). No processo, Nival acusa Rildo Amaral de compra de votos.
Silas Rodrigues disse ao vereador que estava com problemas financeiros e que, se Rildo lhe desse R$ 2.700,00 e ficasse ajudando-o mensalmente, ele iria depor a favor do vereador.
Silas Rodrigues falou que ganharia isso para depor a favor do ex-vereador Nival Coelho.
O "negócio" ficou para essa segunda-feira. Antes, o vereador Rildo Amaral procurou a promotora Fernanda Helena Ferreira, que o encaminhou à Polícia Federal para dar um flagrante em Silas Rodrigues.
Um agente da PF foi para o gabinete do vereador, onde foi feito o flagrante, e Silas Rodrigues foi conduzido à Delegacia da Polícia Federal (DPF). Ele foi autuado em flagrante delito por tentativa de extorsão e falso testemunho e ainda ontem seria transferido da DPF para a Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), onde aguardará determinação da Justiça.
O ex-vereador Nival Coelho foi procurado, mas não foi encontrado para dar a sua versão sobre o caso.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

As polêmicas, manobras e desmandos de José Sarney, o último donatário do Brasi


PODRES PODERES
Há 50 anos no epicentro das decisões do país, José Sarney é o parlamentar mais antigo em atividade no Congresso Nacional. Romancista bissexto, imortal, ex-deputado, ex-governador, ex-presidente da República e, desde fevereiro, mandachuva do Senado - cargo que conquistou com a lei do menor esforço em apenas dois meses de manobras espetaculares e altamente controversas - ele se perpetua no poder à moda de um senhor feudal. Aqui, retornamos a trajetória do homem que sobreviveu à ditadura, à transição democrática e ao governo de quatro presidentes seguindo a máxima de que se não pode vencê-los, muita calma: ainda falta pouco
Na noite do mesmo 14 de março, Tancredo Neves foi internado e operado às pressas no Hospital de Base, em Brasília. Horas depois, em 15 de março de 1985, arrastado pelo destino, José Sarney tomou posse como presidente da República do Brasil. Eleito vice no colégio eleitoral indireto, ao final de 21 anos de ditadura, à última hora substituiu o enfermo presidente. Sete cirurgias e 38 dias depois Tancredo Neves chegou ao Palácio do Planalto, símbolo do poder que perseguira por meio século; num caixão subiu a rampa do Palácio onde Sarney já governava.
Ruas de São Luís, Maranhão, 29 anos antes. A câmera de Glauber Rocha acompanha o jovem José Sarney. O político entra no carro chapa preta, conduzido em ritmo fluvial por mãos anônimas. "Sarney! Sarney! Sarney!" - o coro ecoa na praça lotada. Risonho, bigode escovado, o jovem enfrenta a escada do palanque e acena com os braços, numa ginástica de governador em dia de posse.
No curta "Maranhão 66", registro histórico da ascensão do líder nordestino ao governo do Estado, Glauber logo vai separar palavra e imagem, promessa e montagem, espaço e tempo. Sarney discursa:
"Recebo na praça pública o direito de governar o Maranhão, direito que me foi dado pela vontade soberana do povo..."
Mas a câmera não o acompanha mais. Corre um casarão vazio; em seguida, palhoças, cortiços de taipa, onde não há sequer chão. Seqüência de prédios públicos carcomidos. E o eco das palavras de Sarney:
"O Maranhão não suportava mais, nem queria, o contraste de suas terras férteis e seus vales úmidos, de seus babaçuais ondulantes, de suas fabulosas riquezas potenciais, com a miséria, com a angústia, com a fome, com o desespero..."
Rostos famélicos em leitos de hospital. Cabeças raspadas, doentes formam par com o discurso de posse:
"O Maranhão não quer a miséria, a fome, o analfabetismo, as mais altas taxas de mortalidade infantil, de tuberculose, de malária, de esquistossomo..."
Vêm o silêncio e um homem sentado em seu leito. Confrontado pelo microfone, exibe indignação:
- Estou aqui trêmulo, sem ter um pingo de sangue na minha veia...
Uma das trajetórias mais longas na República, 43 anos desde aquele dia flagrado por Glauber nas ruas e praças de São Luís, José Sarney acaba de assumir pela terceira vez a Presidência do Congresso Nacional. Inevitável o confronto entre a história do senador de 78 anos e o discurso do jovem governador vitorioso na década de 60, eleito à sombra do ditador Castello Branco.
De uma ponta a outra, algo parece irremediavelmente perdido, exceto o poder. Sem ter superado atrasos históricos, o Maranhão de 1966 o acompanha como uma câmera fantasmagórica de Glauber. Ou uma fotografia incômoda. Por quatro décadas, o Sarney controlou a máquina administrativa do Estado. Nem mesmo o acaso da Presidência, em 1985, influenciou uma reversão dos indicadores sociais.
Na radiografia do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), os municípios maranhenses ocupavam em 2005 dramáticas posições no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Estado cravou o baixo índice de 0,683 - 26ª posição, acima apenas de Alagoas. Em 2007, a média nacional atingiu 0,800. Esse cálculo envolve o PIB per capita, a educação e a longevidade.
Os números da educação são capazes de amargar o chá dos imortais da Academia Brasileira de Letras, onde Sarney tem assento. O levantamento do Pisa, o Programa Internacional de Avaliação de Alunos, divulgado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, apontou em 2006 que os alunos do Maranhão tiveram os piores desempenhos do país. São avaliados estudantes de 15 anos em provas de matemática, ciências e leitura.
Dá para esboçar um quadro do ensino na terra do escritor Artur de Azevedo ao saber que os alunos brasileiros se situaram entre os piores do mundo: entre 57 países, 53° em matemática; entre 56, 48° em leitura. Os estudantes maranhenses estão abaixo da já vexatória média nacional.
Outros dados negativos maltratam a história do clã Sarney. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1980 e 2006 o índice de mortalidade infantil, no Maranhão, caiu de 86,1 para 40,7. A queda soa brusca, importante, mas na vida real isso significa que, em 2006, num grupo de mil crianças com menos de um ano de idade ainda morriam cerca de 40. Novamente, pior do que no Maranhão só Alagoas.
Esses indicadores negativos não encabularam a família na hora de colar o sobrenome a obras públicas, apesar da restrição legal ao batismo com nomes de homenageados vivos. Em crônica na carioca Tribuna da Imprensa, o jornalista Sebastião Nery brinca com a auto celebração familiar:
- No Maranhão, para nascer, maternidade Marly Sarney. Para morar, vilas Sarney, Kiola Sarney (mãe do presidente, já falecida) ou Roseana Sarney. Para estudar, escolas José Sarney, Marly Sarney, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Sarney Neto... Para saber notícias, leia O Estado do Maranhão, ligue a TV Mirante ou as rádios Mirante AM e Mirante FM, todas de José Sarney. Se estiver no interior, ligue uma das 13 repetidoras da TV Mirante ou uma das 35 emissoras de rádio, também todas do mesmo José Sarney... Desde Calígula, quem sabe Nero, nunca se viu gente tão abusada - ironiza Nery.
Depois de quatro décadas de hegemonia, Sarney, senador pelo PMDB do Amapá, sofreu um revés: o opositor Jackson Lago venceu a filha do ex-presidente, Roseana, nas eleições de 2006. Durou pouco. O primeiro respiro político do Maranhão gorou. No início de março deste ano, por cinco votos a dois, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu pela cassação do mandato de Lago, acusado de abuso de poder econômico e compra de votos na eleição em que saiu vitorioso.
A sobrevida política de José Sarney não está apenas ligada aos limites do que se convencionou chamar de "coronelismo", conceito por vezes reducionista. E míope. Nunca é demais lembrar a preconceituosos e racistas em geral que figuras como, por exemplo, Paulo Maluf, Celso Pitta, Anthony e Rosa Garotinho, ou ainda o triunvirato Emílio Garrastazu Médici, João Figueiredo e Ernesto Geisel são, entre tantos outros do mesmo quilate, produtos do sudeste e do sul. O Brasil é, desde sempre, país de cúpulas empresariais, culturais, políticas, futebolísticas e todas mais, cevadas, grudadas nas tetas do estado, algo que Raimundo Faoro definiu em Os Donos do Poder, de 1958, como "Patrimonialismo Oligárquico". Cultura, modus vivendi este que independe de latitude e longitude.
O presidente do Congresso possui, e não há porque não reconhecer, um faro político raro, não necessariamente preso a métodos rudimentares. Sabe sondar os seres de Brasília, pensar a frio, blefar com ares de acadêmico, dobrar cenários desfavoráveis, misturar ingredientes da Velha e da Nova República. Essas habilidades se fizeram notar na última vitória, a de fevereiro no Senado, quando venceu a dobradinha PT-PSDB montada em torno do senador petista Tião Viana, do Acre.
Os dissabores de presidente da República, na transição democrática, certamente o vacinaram contra as artes e manhas do Congresso. Na madrugada de 15 de março de 1985, a poucas horas da posse, o general Leônidas Pires Gonçalves telefonou para o vice de Tancredo Neves, o senador Sarney. Dúvidas jurídicas e políticas ainda emperravam a definição do sucessor legal do presidente eleito, mas o general comunicou a Sarney a definição por seu nome. Diante de ponderações distintas, de prós e contras, o general Leônidas encerrou o papo: "Boa noite, presidente!"Um desembarque bem calculado do alinhamento total à ditadura militar levou-o ao papel de protagonista da redemocratização do Brasil. No dia 11 de junho de 1984, o PDS ainda se dividia entre Paulo Maluf, Mário Andreazza e Aureliano Chaves na sucessão presidencial. O livro O Complô que Elegeu Tancredo (Editora JB, 1985) guarda um instantâneo da deserção de Sarney. Precavido, o líder maranhense portava um revólver naquela manhã, na reunião marcada para a sede do PDS:
- ...Em uma das salas do edifício Sofia no Setor Comercial Sul, o senador José Sarney, revólver calibre 38 preso à cintura, tenso, rodeado de amigos, estava reunido com a Executiva do PDS para anunciar sua renúncia, em caráter irrevogável, à Presidência do Partido (...) Sarney perdera qualquer esperança de reparar as rachaduras do Partido sob o seu comando e decidira apoiar um candidato da oposição à sucessão presidencial, cristalizando assim a dissidência do PDS que ajudaria a eleger Tancredo Neves.
Na Presidência, Sarney herdou de Tancredo um batalhão de ministros inamistosos. Conduziria um transatlântico que abrigava ex-apoiadores do golpe de 1964 e peemedebistas de quatro costados. No Congresso, o plenipotenciário Ulysses Guimarães amarrava Sarney a compromissos espinhosos, num ensaio de parlamentarismo. Ulysses chegou a acumular quatro presidências simultâneas no tempo da Assembléia Constituinte (além desta, a Câmara, o PMDB e a presidência da República, na ausência de Sarney). Era um contrapeso incômodo, mas inevitável. O fracasso do Plano Cruzado só intensificaria os confrontos. Ulysses Guimarães se divertia com o jogo de poder e em espicaçar Sarney.
Um fotograma desse game no almoço de 15 de novembro de 1985. O presidente do PMDB está no restaurante Massimo, na Alameda Santos, em São Paulo. As pesquisas de opinião indicam que naquele dia Fernando Henrique vencerá Jânio Quadros em São Paulo e que país afora o PMDB vai atropelar nas urnas. Abertas as urnas Jânio Quadros derrotou Fernando Henrique e o PMDB foi atropelado em outras capitais, mas à hora do almoço a vitória era certa. No restaurante Massimo, Ulysses Guimarães informava a meia dúzia de jornalistas:
- Amanhã é dia de chegar em Brasília e perguntar: "E agora, José?"
A pergunta não foi feita.
Em recente sabatina na Folha de S. Paulo, Sarney afirmou não desejar ficar para a história como o presidente da inflação de 40%: "Quero que o povo me julgue como o presidente da agenda da democracia". Motorneiro da transição democrática, enquanto o país ainda ajustava as contas com a ditadura, Sarney cumpriu à sua maneira, com avanços e recaídas, o papel que o destino e a história lhe reservaram. As artes e manhas de ex-udenista "Bossa Nova", formado no intervalo democrático de 1946-1964, certamente o ajudaram na condução do barco até as eleições diretas, mas não o salvaram do melancólico fim de governo: derrota, em 1989, na primeira eleição direta pós-ditadura, quando chegou às urnas a bordo de uma inflação escandalosa e impopularidade recorde.
O salvo-conduto da democracia não merece ser estendido à batalha pelos cinco anos de governo, uma de suas recaídas no viés autoritário. Em dobradinha com o então ministro das Comunicações, Antonio Carlos Magalhães, flor da estufa da ditadura, o presidente Sarney patrocinou o arcaico festival de distribuição de canais de rádio e televisão. Em nítida troca de favores com congressistas, no contexto da fixação do mandato de cinco anos e do debate sobre o presidencialismo, Sarney distribuiu a granel 1.091 concessões - 165 delas beneficiaram parlamentares e 257 foram assinadas às vésperas da promulgação da Constituição. Sarney e ACM saíram dessa farra cívico-midiática com um vasto capital político, o que em parte explica o tratamento amistoso de boa parte da imprensa nas décadas seguintes. E explica ainda mais o arsenal de mídia montado e mantido até hoje pelos dois chefes, e ou sucessores, em seus feudos.
Numa tentativa de polir a biografia, mais e mais o ex-presidente constrói uma vida intelectual paralela ao poder, seja como cronista, seja como romancista. A seu favor, o fato de ter ingressado na Academia Brasileira de Letras em 1980, antes de se ter tornado presidente. Mas o veio literato não esteve, não está livre de petardos. A exposição política lançou olhares impiedosos em direção à obra do autor de Os Marimbondos de Fogo e Brejal dos Guajás. No impertinente Crítica da Razão Impura Ou o Primado da Ignorância, no qual alveja também o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o humorista Millôr Fernandes vai à jugular:
- Brejal dos Guajás só pode ser considerado um livro porque, na definição da Unesco, livro "é uma publicação impressa não periódica, com um mínimo de 49 páginas". O Brejal tem 50. Materialmente, sir Ney salvou-se por uma página.
Amostras do temperamento híbrido do presidente Sarney - ora manso, ora autocrático - podem ser pinçadas nas memórias do ex-ministro da Justiça Fernando Lyra, historicamente ligado a Tancredo e por este alçado ao ministério. O recém-publicado Daquilo que Eu Sei traz um diálogo ilustrativo entre Lyra e Sarney. Pressionado pela Igreja Católica, o presidente encampou a censura ao filme Je Vous Salue, Marie, do cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard, expoente da Nouvelle Vague.
O ministro da Justiça tentou retardar uma decisão, para amainar os ânimos do cardinalato católico. Mas Sarney o convocou para uma conversa quase definitiva no Planalto. Queria atender ao pedido da "aliada" Igreja. O tema já motivava críticas iradas de artistas e intelectuais - entre os críticos, o compositor Caetano Veloso. Oito dias antes de deixar o ministério, Lyra entrou no gabinete presidencial. Diálogo sem volteios:
- Preciso que esse filme seja censurado hoje.
- Presidente, eu não censuro.
- Eu assumo a responsabilidade.
- O senhor assume a responsabilidade, mas a assinatura determinando a censura será a minha Não censuro.
- Eu assumo.
- Presidente, não pode ser assim. O senhor vai me dar um tempo para eu ver o que posso fazer.
Decidido a renunciar imediatamente ao cargo, Lyra ouviu conselhos de assessores e esperou a reforma ministerial. A censura só foi efetivada após sua saída.
"Não renunciei, não censurei, mas foi uma falha histórica que até hoje, vinte e poucos anos depois, continuo a pagar sem dever", confessa o ex-ministro.
O episódio realça um dos aspectos da personalidade de Sarney: nas vindas, para fortalecer-se diante de aliados patrocina, patrocinou, o necessário. Às vezes, daquele silêncio todo escapa algo entre a comédia e o patético. Noutro dia, tragicômica a entrevista de Sarney com Alexandre Garcia na Globo News. Sarney já eleito presidente do Congresso a deitar lições e falações sobre um dos raros inimigos por ele nominados, Hugo Chávez. Na argumentação do senador, ataques a aspectos que considera pouco democráticos no governo venezuelano; o cerco à mídia, a origem castrense et Cetera. Faltou o perguntador perguntar: mas presidente, falando em mídia, e o seu formidável arsenal midiático, sempre a postos para fuzilar adversários ou ungir os seus lá no Maranhão? E o seu passado político nos 21 anos de ditadura formal, clássica?Qualificado de "senhor semifeudal" pela revista britânica The Economist após a vitória de 2 de fevereiro no Congresso, o senador, que respondeu à revista em carta, se nutre do poder federal, espécie de fiador da cadeia de mando na província. Desde 1994, soube colar-se a candidaturas bem-sucedidas: Fernando Henrique Cardoso (PSDB), por duas vezes, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também em dose dupla. Em 2002, anteviu a filha Roseana no Palácio do Planalto. Líder nas pesquisas, a candidata do PFL era a favorita na sucessão presidencial, ultrapassando Lula e José Serra. Veio uma rasteira de contornos ainda turvos, mas rasteira.
A Polícia Federal invadiu o escritório da Lunus, empresa com digitais da família, em São Luís, e apreendeu R$ 1,4 milhão. As imagens ganharam os telejornais, as manchetes e as capas. Sarney, um pote de mágoas com o governo FHC, desconfiou abertamente do dedo do candidato Serra na operação que transformou em vinagre a campanha da filha. Para dizer isso foi à tribuna, onde discursou e brandiu a revista Carta Capital, em edição que relatava o episódio. Sete anos mais tarde, presidente do Senado, Sarney se impõe como um dos protagonistas da sucessão de 2010. Irá se compor previamente com os vencedores, como se tornou tradição, ou em nome da filha seu coração ainda é um pote até aqui de mágoas?

Jovem é morto com dois tiros por urinar em muro

Um crime banal chocou a população de Pinheiro, a 174 km de São Luís. Neste domingo, um jovem identificado apenas como “Fernando” foi morto com dois tiros por ter urinado no muro de uma casa de festas. De acordo com informações, o autor do crime teria sido o dono do estabelecimento conhecido como “Seu Lourenço”. Um policial militar presenciou o fato e prendeu o assassino em flagrante. Fernando morreu na hora. A morte revoltou a população, pois a vítima era bastante conhecida e não tinha passagens pela polícia.

domingo, 19 de abril de 2009

Disputa de Dilma e Serra será privilégio, diz Lula ao 'La Nacion'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista publicada hoje no jornal argentino "La Nacion" que "será um privilégio para o Brasil" uma disputa para a presidência em 2010 entre a atual ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Lula acrescentou ainda que se Ciro Gomes (PSB) ou o governador mineiro, Aécio Neves (PSDB), também concorrerem "vai ser um luxo".

"Não vejo nada de direita nesses candidatos. Vejo colegas de esquerda, de centro-esquerda e progressistas. Isso é um avanço extraordinário para o Brasil", disse Lula. Apesar de avaliar todos os candidatos viáveis para sucedê-lo, Lula afirmou ter "fé" no potencial eleitoral de Dilma, ressaltando que para isso seu governo tem "muito a trabalhar" até 2010.

Paz livre da ameaça de prisão


Depois de ter sido decretada a prisão de Clodomir Paz, enquanto diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran ), em razão do descumprimento de decisão judicial que determinava o emplacamento de 400 carros envolvidos no caso Euromar, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em decisão do ministro Nilson Naves, concedeu habeas corpus ao ex-diretor da instituição e revogou todos os efeitos da liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Maranhão no inicio do mês. A liminar que determinou o prazo de 72 horas para que o Detran fizesse o licenciamento dos veículos foi concedida pelo desembargador Guerreiro Junior. Da decisão consta ainda uma multa diária de R$ 50 mil pelo seu descumprimento.

Jackson deixa Palácio, mas mantém a resistência
O ex-governador Jackson Lago (PDT) deixou, por volta das 10h30, o Palácio dos Leões, onde permanecia com cerca de 500 pessoas (balaios) desde ontem, 48 horas após a decisão do TSE que determinou a posse de Roseana Sarney (PMDB) no governo do Maranhão. De lá, Jackson seguiu ao lado de deputados e ex-secretários de governo em caminhada que reuniu cerca centenas de pessoas até a sede do PDT, na Rua do Sol, Centro.Durante entrevista coletiva concedida à imprensa, ao longo do seu discurso Jackson falou dos avanços obtidos na sua gestão. Ele fez um rápido balanço dos seus dois anos de governo, agradeceu a participação dos movimentos sociais e conclamou todos para uma mudança de postura.
“Estou deixando 181 escolas inauguradas, em pouco mais de dois anos de gestão, enquanto a então governadora só conseguiu inaugurar três, ao longo de oito anos de governo”, disse.
Vários representantes dos movimentos sociais, como a Via Campesina, o MST e a União Nacional pela Moradia Popular fizeram discursos inflamados contra o grupo Sarney.
Em seguida, o ex-governador entregou documento mostrando as condições em que deixava o Palácio dos Leões para os presidentes do Tribunal de Justiça, desembargador Raimundo Cutrim, e da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Tavares (PSB).

Madeira vistoria obra no Conjunto Vitória


O prefeito Sebastião Madeira visitou ontem a frente de serviço da Infraestrutura que faz serviço de emergência no Conjunto Nova Vitória. Madeira estava acompanhado do secretário da Infraestrutrura, Roberto Alencar; do secretário de Trânsito, Cabo J. Ribamar; do secretário de Agricultura, José Fernandes; do coordenador da Defesa Civil, Chico do Planalto, e do vereador Zé do Crea. A visita foi rápida, mas o suficiente para que o prefeito constatasse a situação do conjunto depois das últimas chuvas. O prefeito disse que o serviço executado no bairro é emergencial, mas vai favorecer uma melhora significativa na trafegabilidade de veículos, sobretudo na entrada do conjunto

Valdinar e Dutra mandam aviso aos “encapuzados do PT”

Os deputados Valdinar Barros e Domingos Dutra, ambos do PT, mandaram um duro recado para o resto do partido durante a última manifestação da resistência de Jackson Lago, no Palácio dos Leões.
Valdinar lembrou que são nesses momentos que se conhecem os aliados e que caem as carapuças dos que sempre estiveram ao lado da família Sarney.- 2010 está chegando, e vamos dizer para esses petistas encapuzados que o povo do Maranhão não aceitou o retorno da família Sarney ao poder no Maranhão – avisou.