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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Roseana responsáveis pela miséria do MA


TAL PAI, TAL FILHA Sob o domínio dos Sarney, o Maranhão não é diferente do da época do padre Antonio Vieira. É o estado do M de mentir: mentir com palavras, com obras, com pensamentos; 

José Sarney (acima, em foto de 1967) e Roseana (no outdoor pichado, à esq.): a acreditar neles, o estado até parece a Suécia social-democrata

 

A população do Maranhão está outra vez sob velha direção. Roseana Sarney, herdeira da mais antiga oligarquia política vigente no país, assumiu o governo do estado pela terceira vez. Ela não voltou ao poder nos braços do povo, mas por determinação da Justiça. O Tribunal Superior Eleitoral entendeu que Jackson Lago, que ocupava o cargo de governador, cometeu inúmeros abusos durante a campanha eleitoral de 2006 e cassou-lhe o mandato. Roseana ficou com a vaga porque foi a segunda colocada na eleição. Depois de tomar posse, prometeu cortar gastos, moralizar a administração pública e trabalhar duro para melhorar a vida das pessoas. Seria ótimo, se não soasse como piada várias vezes recontada. O clã Sarney manda e desmanda no Maranhão há cinquenta anos. Dos treze últimos governadores, apenas dois – incluindo Lago – foram eleitos fora de sua órbita de influência. Apesar de hoje ser senador pelo Amapá, José Sarney continua dando as cartas no estado. O resultado desse domínio é visível a olho nu: a família Sarney está milionária, mas o Maranhão lidera o ranking brasileiro de subdesenvolvimento.

O ciclo dos Sarney começou em 1955, quando José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, então com 25 anos, foi eleito deputado federal. Ele adotou como sobrenome o nome do pai, Sarney Costa, que era desembargador, pois todos o conheciam como “Zé do Sarney”. Jovem, afeito à literatura e ligado a rodas intelectuais, vendia a ideia de que poderia oxigenar a caquética política maranhense, comandada havia vinte anos por Victorino Freire, um dos muitos coronéis do Nordeste. Sarney conseguiu se eleger governador pela primeira vez em 1965. Quando assumiu, fez o exato oposto do que havia prometido – e o Maranhão apenas trocou de coronel. Daí para a frente, ele nunca mais largou o osso. No regime militar, consolidou sua liderança e solapou a oposição local. Na democracia, chegou à Presidência da República por meio de um golpe – dessa vez do destino, com a morte de Tancredo Neves. Nas administrações federais que se seguiram, manteve a coerência. Ou seja, se há governo, é a favor. Agora, aos 79 anos, voltou a ser presidente do Senado. É um patriarca sem outono à vista.





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